Disco: Better Than Raw - Helloween
Agora que estou apenas encarregado em falar de música, vou ter como me dedicar a coisas que eu não tinha tempo no meu blog antigo, por isso, vou falar de coisas novas, mas também de bastante velharia!
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Lembro que eu falei uma vez só do Helloween no meu blog antigo, quando lançaram o álbum My God-Given Right, de 2015. Pois agora eu vou relembrar do meu disco favorito da era Andi Deris, era que dura até hoje da banda alemã. Trata-se do álbum Better Than Raw, de 1998. Este disco aqui eu ouvi pela primeira vez em 2000, e foi a minha porta de entrada para a fase Deris na banda. Para os amantes de música pesada, é um disco realmente fabuloso. Bem, para os amantes de música pesada que curtem Power Metal, claro, para ser mais preciso, porque quem não curte, vive a dizer que bandas como Helloween, Rhapsody, Stratovarius ou Sabaton são coisas felizes demais, tipo música da Xuxa. Sempre achei isso um exagero hiperbólico.
A questão é que o cara que realmente curte esse Power Metal não está nem aí, e gosta de ouvir melodias épicas. E este discasso do Helloween aqui está realmente cheio delas. Ele não somente é meu disco favorito da era Deris, mas creio eu que ele está no top 100 de música pesada de muitas pessoas. Para mim, é a primeira vez que a segunda formação do Helloween consegue de fato emplacar um disco com qualidade muito próxima aos discos gravados na era do Kiske.
É inclusive um pouco difícil você vir aqui e escolher destaques, porque o disco inteiro é um hit após o outro. A capa do álbum com a bruxinha cozinhando as abóboras em um caldeirão só por si já é algo que te chama a atenção, de uma criatividade digna de um ilustrador de quadrinhos. E todo o encarte do CD é ornado com essas abóboras em meio às letras das músicas, fazendo com que não só a música, mas também a arte do álbum seja algo interessante e agradável de se ver.
Começa grandioso, com uma introdução de quase dois minutos de um prelúdio instrumental com orquestra e banda; terminado esse prelúdio, já se ouve a cavalgada aceleradíssima da excelente "Push", uma tijolada com peso e com vocais agudos, metendo o pé na porta mesmo de forma grandiosa, e a letra diz em alto e bom tom: deixa de ser viciado em grande mídia e seja independente! Nada mais épico! "Falling Higher" é outra bem pesada que me agrada bastante, seguindo na mesma toada, mas num tom mais alegre. A terceira, "Hey Lord!" também sempre foi uma das minhas favoritas do disco, tanto pela batida um pouco mais Hard dela, quanto pela letra tratando de opostos dela, indicando disputa de forças.
Outro destaque bem interessante é "Revelation"; na época eu não saquei, até porque era mais inocentão e me ligava mais em outros aspectos do som, mas a letra, em meio aos arranjos pesados, é baseada no Livro do Apocalipse. Daí um dia eu fui pesquisar sobre o assunto, e descobri, através de uma entrevista do Michael Weikath de 1999, que ele e membros da banda tem de fato raízes Cristãs, e comecei a compreender também a razão por trás da música "Lavdate Dominvm", que é um speed metal com letra em Latim, e que basicamente é um louvor à Santíssima Trindade; o nome, também em Latim, significa "Louvai o Senhor", e se olharmos apenas o refrãozinho da música, que diz "Oh lavdate dominvm! / Prædicate devm / Amate creatorem, / Qvi creavit mvndvm", veremos que traduzido, significa "Oh, louvai o Senhor! / Orai a Deus, / Amai o Criador / Que criou o mundo." A 18 anos atrás, eu, mais loucão e querendo bancar o metaleiro malzão não me ligava nisso, mas hoje, como Cristão Católico convicto, isso para mim é de grande valor, e me faz admirar ainda mais o trabalho do Weikath.
"Time" é mais uma que eu acho ótima, também tem uma letra voltada à religiosidade, e tem uma veia mais intimista e sinistra, muito bacana. Também adoro a mais acelerada "I Can", que tem uma progressão melódica relativamente simples, mas bem satisfatória, e uma letra alegre e positiva. "A Handful of Pain", mais hardona, entra também nos destaques, gosto muito das progressões e da letra mais assertiva, dizendo que nada é fácil. A minha versão do disco termina com a faixa bônus "A Game We Shouldn't Play", pesadona, uma das melhores faixas bônus que eu já vi, acho inclusive que deveria ter sido incluida no disco como faixa regular; tem uma boa letra também, falando dos limites que não deveríamos cruzar como seres humanos para não perdermos nossas almas.
Até alguns anos atrás, eu só conhecia essa versão do CD que eu tenho, não havia visto as outras faixas bônus em outras edições do disco, o que foi bem chato, porque "Back on the Ground" é bem bacana, tem um peso ótimo e riffs matadores. Outras faixas não são tanto uma novidade, mas colecionadores iriam adorar.
Enfim, me deu o maior prazer essas últimas semanas pegar novamente o disco dos caras e voltar ao passado com essas pedradas de Power Metal. Entre os maiores discos do gênero musical, eu diria que Better Than Raw está entre os 50 melhores brincando! Disco absolutamente clássico e obrigatório para quem se diz fã de verdade do estilo!
Better Than Raw (1998)
(Helloween)
A questão é que o cara que realmente curte esse Power Metal não está nem aí, e gosta de ouvir melodias épicas. E este discasso do Helloween aqui está realmente cheio delas. Ele não somente é meu disco favorito da era Deris, mas creio eu que ele está no top 100 de música pesada de muitas pessoas. Para mim, é a primeira vez que a segunda formação do Helloween consegue de fato emplacar um disco com qualidade muito próxima aos discos gravados na era do Kiske.
É inclusive um pouco difícil você vir aqui e escolher destaques, porque o disco inteiro é um hit após o outro. A capa do álbum com a bruxinha cozinhando as abóboras em um caldeirão só por si já é algo que te chama a atenção, de uma criatividade digna de um ilustrador de quadrinhos. E todo o encarte do CD é ornado com essas abóboras em meio às letras das músicas, fazendo com que não só a música, mas também a arte do álbum seja algo interessante e agradável de se ver.
Começa grandioso, com uma introdução de quase dois minutos de um prelúdio instrumental com orquestra e banda; terminado esse prelúdio, já se ouve a cavalgada aceleradíssima da excelente "Push", uma tijolada com peso e com vocais agudos, metendo o pé na porta mesmo de forma grandiosa, e a letra diz em alto e bom tom: deixa de ser viciado em grande mídia e seja independente! Nada mais épico! "Falling Higher" é outra bem pesada que me agrada bastante, seguindo na mesma toada, mas num tom mais alegre. A terceira, "Hey Lord!" também sempre foi uma das minhas favoritas do disco, tanto pela batida um pouco mais Hard dela, quanto pela letra tratando de opostos dela, indicando disputa de forças.
Outro destaque bem interessante é "Revelation"; na época eu não saquei, até porque era mais inocentão e me ligava mais em outros aspectos do som, mas a letra, em meio aos arranjos pesados, é baseada no Livro do Apocalipse. Daí um dia eu fui pesquisar sobre o assunto, e descobri, através de uma entrevista do Michael Weikath de 1999, que ele e membros da banda tem de fato raízes Cristãs, e comecei a compreender também a razão por trás da música "Lavdate Dominvm", que é um speed metal com letra em Latim, e que basicamente é um louvor à Santíssima Trindade; o nome, também em Latim, significa "Louvai o Senhor", e se olharmos apenas o refrãozinho da música, que diz "Oh lavdate dominvm! / Prædicate devm / Amate creatorem, / Qvi creavit mvndvm", veremos que traduzido, significa "Oh, louvai o Senhor! / Orai a Deus, / Amai o Criador / Que criou o mundo." A 18 anos atrás, eu, mais loucão e querendo bancar o metaleiro malzão não me ligava nisso, mas hoje, como Cristão Católico convicto, isso para mim é de grande valor, e me faz admirar ainda mais o trabalho do Weikath.
"Time" é mais uma que eu acho ótima, também tem uma letra voltada à religiosidade, e tem uma veia mais intimista e sinistra, muito bacana. Também adoro a mais acelerada "I Can", que tem uma progressão melódica relativamente simples, mas bem satisfatória, e uma letra alegre e positiva. "A Handful of Pain", mais hardona, entra também nos destaques, gosto muito das progressões e da letra mais assertiva, dizendo que nada é fácil. A minha versão do disco termina com a faixa bônus "A Game We Shouldn't Play", pesadona, uma das melhores faixas bônus que eu já vi, acho inclusive que deveria ter sido incluida no disco como faixa regular; tem uma boa letra também, falando dos limites que não deveríamos cruzar como seres humanos para não perdermos nossas almas.
Até alguns anos atrás, eu só conhecia essa versão do CD que eu tenho, não havia visto as outras faixas bônus em outras edições do disco, o que foi bem chato, porque "Back on the Ground" é bem bacana, tem um peso ótimo e riffs matadores. Outras faixas não são tanto uma novidade, mas colecionadores iriam adorar.
Enfim, me deu o maior prazer essas últimas semanas pegar novamente o disco dos caras e voltar ao passado com essas pedradas de Power Metal. Entre os maiores discos do gênero musical, eu diria que Better Than Raw está entre os 50 melhores brincando! Disco absolutamente clássico e obrigatório para quem se diz fã de verdade do estilo!
Better Than Raw (1998)
(Helloween)
Tracklist:
01. Deliberately Limited Preliminary Prelude in Z
02. Push
03. Falling Higher
04. Hey Lord!
05. Don't Spit on My Mind
06. Revelation
07. Time
08. I Can
09. A Handful of Pain
10. Lavdate Dominvm
11. Midnight Sun
Expanded Edition bonus tracks
01. Back on the Ground
02. A Game We Shouldn't Play (bonus track)
03. Perfect Gentleman (live bootleg version)
04. Moshi Moshi~Shiki No Uta (live drum solo & original song)
11. Midnight Sun
Expanded Edition bonus tracks
01. Back on the Ground
02. A Game We Shouldn't Play (bonus track)
03. Perfect Gentleman (live bootleg version)
04. Moshi Moshi~Shiki No Uta (live drum solo & original song)
Selo: Castle Communications / Paradox Music (Brasil)
Helloween é:
Andi Deris: voz
Michael Weikath: guitarra, back vocal
Roland Grapow: guitarra, back vocal
Markus Großkopf: baixo, back vocal
Uli Kusch: bateria, back vocal
Músicos convidados:
Jorn Ellerbrock: teclados
Tommy Hansen: teclados
Jutta Weinhold: back vocais adicionais
Ralf Maurer: back vocais adicionais
Christina Hahne: back vocais adicionais
Discografia:
Roland Grapow: guitarra, back vocal
Markus Großkopf: baixo, back vocal
Uli Kusch: bateria, back vocal
Músicos convidados:
Jorn Ellerbrock: teclados
Tommy Hansen: teclados
Jutta Weinhold: back vocais adicionais
Ralf Maurer: back vocais adicionais
Christina Hahne: back vocais adicionais
Discografia:
- My God-Given Right (2015) (*)
- Straight Out of Hell (2013)
- 7 Sinners (2010)
- Gambling with the Devil (2007)
- Keeper of the Seven Keys: The Legacy (2005)
- Rabbit Don't Come Easy (2003)
- The Dark Ride (2000)
- Better Than Raw (1998)
- The Time of the Oath (1996)
- Master of the Rings (1994)
- Chameleon (1993)
- Pink Bubbles Go Ape (1991)
- Keeper of the Seven Keys Part II (1988)
- Keeper of the Seven Keys Part I (1987)
- Walls of Jericho (1985)
- Helloween (1985) - EP
(*) - via A Ciência da Opinião
Site oficial: www.helloween.org
- Straight Out of Hell (2013)
- 7 Sinners (2010)
- Gambling with the Devil (2007)
- Keeper of the Seven Keys: The Legacy (2005)
- Rabbit Don't Come Easy (2003)
- The Dark Ride (2000)
- Better Than Raw (1998)
- The Time of the Oath (1996)
- Master of the Rings (1994)
- Chameleon (1993)
- Pink Bubbles Go Ape (1991)
- Keeper of the Seven Keys Part II (1988)
- Keeper of the Seven Keys Part I (1987)
- Walls of Jericho (1985)
- Helloween (1985) - EP
(*) - via A Ciência da Opinião
Site oficial: www.helloween.org
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